Vindima de 2012
Depois do enorme potencial revelado nos vinhos de 2011, a expectativa depositada sobre a vindima de 2012 era bastante elevada. Nos vários pontos da região do Douro, era grande a curiosidade sobre como este ano viria a assumir-se, na sequência de 2011. Os primeiros meses de 2012 foram muito frios e secos, situação atípica para esta altura do ano. Mas a espera pela chuva terminou em Abril, em que se sentiram fortes precipitações um pouco por todo o país. Estas chuvas tardias exigiram um cuidado redobrado na prevenção de doenças fitossanitárias, mas não foi suficiente para adiantar a rebentação e o ciclo vegetativo geral das vinhas, que se atrasou cerca de duas semanas face ao ano anterior. A floração e o vingamento ocorreram sob temperaturas mais altas e um clima mais seco, e foram registadas maiores taxas de desavinho sobretudo devido ao baixo teor de água nos solos. Apesar da produção prevista e verificada, ter sido mais baixa do que no ano anterior, a maturação das uvas foi suave, graças às amplitudes térmicas e às chuvas que caíram entre Maio e Julho. O Verão foi mais fresco que o habitual, com noites frias no final de Agosto, culminando numa vindima longa, que se estendeu durante o mês de Outubro. As perspectivas de qualidade sempre muito boas, com mostos que mostravam uma viva acidez a par com uma boa estrutura e aromas profundos de fruta fresca.